sexta-feira, 18 de março de 2011

Capítulo 10 - Agora é Oficial!

De dentro da casa, pela janela, Andiara via tudo o que acontecia entre Luiz e Ana ali fora, no portão.
Ela estava muito feliz pelos dois, pelo grande amigo que perdeu por culpa de um sentimento, talvez, mal compreendido, e pela prima que acabara de conhecer, mas a quem já se afeiçoara muito. Andiara sempre foi assim, fica feliz ao ver a felicidade dos amigos, e esta é uma das qualidades que levaram Luiz a se apaixonar por ela. Além disso Andiara também sempre lutou pelos seus amigos, pela felicidade deles e mais uma vez teve que o fazer, quando reparou que um tio de Ana, um parente ainda mias distante, da família da mãe de Ana, viu os dois se beijando no portão da casa, e para confirmar que não é só mulher que fofoca, foi direto ao Armando, pai de Ana, para mostrar-lhe a cena.
Andiara não podia fazer nada para impedir que Armando visse aquilo, mas ela poderia mudar o rumo da história, e foi o que ela fez.
- Lindo eles né, tio?
Que bom que a Ana se apaixonou justo pelo Luiz!
- O quê? Tu já conhece o garoto, Andiara?
- Claro tio! Eu estudei com o Luiz, por dois anos, ele é um grande amigo meu.
Muito querido, educado, inteligente, companheiro,engraçado, romântico e fiel.
- Nossa! Ele é isso tudo ou você está inventando só para eu achar ele ótimo e ficar feliz por eles?
- Um pouco dos dois tio! Eu tô falando a verdade, mas acho que o senhor deveria mesmo ficar muito feliz por eles.
Armando fez u longo tempo de silêncio, Andiara não se dispôs a quebrá-lo, então esperou calada, olhando para o tio, enquanto ele olhava pela janela da sala. Depois de um longo tempo, Armando virou-se novamente para Andiara e disse-lhe:
- Você pensa, realmente, tudo isso dele?
- Claro tio, pra que eu ia mentir?
- Talvez para ajudar a sua prima...
- Ai tio, o senhor pensa isso de mim mesmo?
- Não Andiara, não se preocupe. Só não acho certo que eles estaiam aí fora se agarrando sem nem vir falar conosco.
- Ai tio, isso é normal. E além disso, a Ana me disse que hoje ela iria falar com o senhor, foi por isso que o Luiz veio, além da festa é claro!
Depois de longos minutos entre beijos e abraços, Luiz disse a Ana que ela deveria voltar para dentro, afinal, era a festado aniversário dela, e ela estava ausente!
- Pra ser sincera, eu prefiro ficar aqui com você, esta festa é mais para o meu pai do que pra mim.
- Mas Ana, vai pegar mal eu te tirar de casa, de novo, na comemoração do teu aniversário. Eu vô ta sentadinho ali num canto, qualquer coisa você vem falar comigo!
- Então tá, vamos né!
- Aham!
E os dois voltaram para dentro de casa. Luiz percebeu os olhares de alguns convidados para eles, mas não conseguia decifrar exatamente o que era. Ao olhar para o pai de Ana, percebeu que ele disfarçou depressa e olhou para o outro lado. Logo alguns parentes vieram faiar com Ana, e Luiz foi sozinho para um sofá ali adiante, mas não ficou sozinho por muito tempo.
- Vocês formam um casal lindo!
- Ah, obrigado - Luiz respondeu com indiferença.
- Pô Luiz, me fala o que eu te fiz para você agir assim comigo, pra você ter ficado tão bravo comigo!
- Nada Andiara, não é nada, mas tu sabe o que eu senti por ti, nem tudo mudou, eu ainda não sei se consigo ser só teu amigo. Eu tô tentando, eu juro que tô tentando, mas é bem difícil!
- Tá Luiz, só para de agir assim com indiferença, tu conseguiu estudar comigo por dois anos e nunca foi assim!
Luiz parou e pensou, mas quer saber, é a mais pura verdade, não seria agindo com indiferença que alguma coia iria mudar para ele.
- Tu tem razão, desculpa tá?
- Ta desculpado!
Os dois passaram o resto da festa conversando e rindo enquanto Ana não estava. Quando ela estava por perto, eles conversavam igual e riam também, eram um trio muito unido, uniam essa que perduraria até o fim.
O tempo ia passando, a festa ia chegando ao final, e nada de Luiz ou Ana falar com os pais dela.
Armando já estava ficando nervoso, quase tanto quanto Luiz, este apesar de rir e brincar com Ana e Andy, estava morrendo de medo por dentro. Medo do ridículo, medo do não dos pais da Ana, medo deles não terem gostado dele, medo de não poder mais ver Ana depois disso. Ao mesmo tempo, Luiz se arrependia de ter beijado Ana ali no portão, eles poderiam ter visto, e não gostado nada, mas Luiz também não se arrependia, pois foram momentos maravilhosos que eles passaram juntos ali!
Quanto mais passava o tempo, mais Luiz, Ana, Armando e Andiara ficavam nervosos. De repente, Luiz virou-se para Ana, olhou fundo nos olhos dela e disse:
- Acho que já ta na hora, né?!
- Acho que tu em razão.
Então, Luiz pegou na mão de Ana, e juntos, com Andiara logo atrás, foram os três em direção a Armando.
- Andy, chama minha mãe pra mim? Por favor.
- Claro Ana, já volto!
Quando Andiara voltou com Amanda, mãe de Ana, ela olhou para os pais e sentiu um nervosismo que nunca havia sentido antes. Ana então falou:
- Mãe, pai, eu quero apresentar pra vocês, o Luiz, hum.. meu,...
- Teu...? - Perguntou Amanda.
- Meu... - Ana olhou para Luiz com um olhar de quem pede algo, de quem pede ajuda, então Luiz precipitou-se a ela e completou:
- Namorado!
- Namorado? - Perguntou Amanda, e já com mais tranquilidade Ana respondeu:
- Sim mãe, meu namorado!
- Que bom filha! Bem vindo, então Luiz!
- Obrigado! - Luiz respondeu meio sem jeito, depois deu uma olhada para o pai de Ana, assim com ela. Os dois esperavam alguma resposta, mas seu Armando ficou em um profundo silêncio por alguns instantes. Esse silêncio, só aumentava a aflição e o nervosismo de Luiz, parecia que Armando sabia disso, e por isso mesmo não falava palavra alguma.
Longos instantes depois ele olhou seriamente para Luiz, fitou-o no fundo de seus olhos, ergueu um pouco as sobrancelhas, parecia que olhava Luiz da cabeça aos pés, parecia que queria achar logo algum defeito em Luiz que lhe desse apoio na hora de proibir o namoro, mas de repente, Armando estendeu a mão a Luiz. A princípio, Luiz não entendeu o que significava aquilo, de tão nervoso que estava, mas logo entendeu. Aquilo devia ser uma aprovação, afinal de contas, Armando estava querendo apertar a mão dele mas, poderia também ser outra coisa, ele poderia tê-lo feito para logo que Luiz erguesse a mão para apertar a dela, tirá-la e apontar-lhe a porta, dizendo que Luiz deveria ir, não mais voltar e não mais ver ou falar om Ana.
Com muita apreensão, Luiz aos poucos foi levantando a mão direita e deixando que ela fosse de encontro a mão de Armando. Quando as mãos dos dois se tocaram, elas se fecharam num aperto de mão caloroso, onde Armando conseguiu passar para Luiz, todo um ar de aprovação que não conseguira passar-lhe antes.
- Bem vindo a família, senhor Luiz!
- Obrigado seu Armando!
- Pode me chamar de Armando!
E assim foi, o primeiro dia de namoro oficial entre Ana e Luiz. Durante o restante da festa, eles não se separaram mais, sempre com Andiara por perto deles. Como eles diziam, ela seria sua madrinha!

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