sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Só mais um findi..

As férias logo-ligo vão acabar, e nós voltaremos para a rotina da escola.
O lado ruím, é a rotina em si, com as aulas, tems trabalhos, acordar cedo!
o lado muuuuuito bom é tar nnovamente na escola, com as amigas, sem ter que aguentar o povo daqui d casa.

O foda, é q a Thaya já terminou o 2º grau, e minha m~e terminou o 4º ano, ou seja, eu vou ter que ir sózinho, perdi minha companhia que me fazia rir de casa até na escola e um pouco mais.. x(

Mas esse ano vai ser tudo bem diferente!
A começar por mim, quero ser bem diferente esse ano, vou começar não sentando na frente da mesa do professor, isso é muito CDF, não quero mais esse rótulo!
Como eu disse, td vai ser diferente!

E q venham as aulas!!

Sentimentos

Hoje estava recordando-me da primeira vez que te vi....
Seu sorriso expandiu diante do meu ser,foi o mais belo sorriso que já vira ao decorrer da minha vida.
Seus olhos eram radiantes e suas palavras doce como o puro ar....
Sonhava em um dia te ter ao meu lado,sonhava que juntos poderíamos um dia ficar.Até que um dia descobri que havia alguém a sua espera,meu coração♥ partiu-se em pedaços,pedaços esses que jamais serão reconstituídos e vi que isso não passava de apenas um sonho banal que abalou-me a alma e fez-me sentir inseguro...
Havia um sentimento que atormentava a meu coração ♥.
Chorei muitas noites,abri diversos sorriso,só para não demonstrar o que realmente acorria dentro do meu ser,um sentimento de tristeza em saber que jamais poderia te ter.
   Por algum  momento eu não queria ser eu....
Queria apenas me esconder em um lugar onde alguém jamais pudesse me encontrar,eu não queria sentir aquela terrível dor novamente.
Eu queria só uma coisa.....
Eu juro....
Eu só queria uma única coisa,que tornou-se impossível em minha mente,mais em meu coração ainda há uma chance,apesar de ser minúscula ....
Na verdade, eu não queria mais nada,Apenas ser feliz,ao seu lado!
Puxa!eu espero que esse sentimento logo termine....
Nossa,espero que esse sentimento nunca acabe!

Autora : Thays Torres

Retirado de Adolescente: Um ser Pensante

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Imortal...

... não é aquele que nunca cai, e sim aquele que tem forças para se levantar! 

Vamo vamo Grêmiooooo!!


6 Letras, 3 Cores, 1 Sentimento

Vida ao Vento

A vida é feita de perdas. Pois tudo aquilo que mais amamos ou gostamos, um dia perdemos.
Perdi um grande companheiro, que sem ele nem ao mundo viria, mas tento seguir sem ele.
Perdi amigos que pensei que nunca perderia, mesmo assim eu tento seguir em frente.
Perdi uma pessoa que sempre foi para mim, um grande motivo para sorrir,
perdi oportunidades, por ter medo de arriscar,
e perdi sorrisos por não me calar.
Descobri que meu pior inimigo sou eu mesmo
e que meu melhor amigo eu não vejo, mas sempre esta ao meu lado para me amparar quando mais preciso.
Descobri que meus fantasmas, sempre me atormentaram, e que por mais que esteja mal, tenho que fingir estar bem para não dar o gosto de me verem por baixo.
Percebi que por mais que tenha mil pessoas ao meu lado, em muitos momentos estarei só.
Percebi que meu pessimismo, faz com que os males que eu temo tornem-se reais.
Percebi que sou capaz de tudo, e ao mesmo tempo não tenho forças para nada
e o pior de tudo, descobri que um perdão que se nega, também se é negado quando se mais precisa.
Mas a vida é assim,
Errar, aprender e tentar seguir em frente...
Com rastros de burrices, tristezas e saudaes.

Autor: Wallace B. Ferreira

retirado de Adolescente: Um ser Pensante
Aiai!!
As férias já estão chagando ao fim...

FINALMENTE!!

Com eu já havia dito: "Eu detesto as férias!"
é um sacooo ficar aki em casa por todo esse tempo, aguentando td q é coisa. Durante o ano, metade do dia eu fico fora, com sorte até mais tempo, ou seja, naum tem ninguém me enchendo o saco 24h por dia!

Uhuuu

Chega logo dia 28!

Capítulo 1 - O Primeiro Amor

 
Tudo indicava que aquela seria apenas mais uma tarde chata nas ferias de Luiz Henrique.
Ele tinha tantas coisas na cabeça: Estava mudando de escola, faria amigos novos, ou não, sentia que aos poucos ele estava perdendo o contato com seus antigos amigos, senti que estava cada vez mais afastado de seu antigo grupo e principalmente estava triste porque iria mudar de escola, talvez nunca mais ver a garota de quem gostava, e nunca havia tido uma chance para realmente mostrar-lhe isso, pois a sua timidez nunca permitiu que Luiz falasse para Andiara que gostava dela, o máximo que conseguiu, foi mandar-lhe uma cartinha e vários recados dizendo que estava afim dela, mas ela sempre respondeu, que o único sentimento que tinha por Luiz, era o da mais carinhosa amizade.
Luiz, como em grande parte das férias, estava navegando na Internet, para ele, aquela era a única maneira de não esquecer, e não ser definitivamente esquecido pelos seus ex-colegas, as pessoas que por diversas vezes, fizeram ele sorrir, mas também quase o fizeram chorar, de certo modo, havia muito preconceito contra Luiz quando ele entrou na escola, ele era um garoto pequeno, magricela, não parecia estar no lugar certo, mas felizmente Luiz tinha uma grande facilidade em cativar as pessoas, e fez muitos amigos, quase que aliados, pois foram eles que protegeram Luiz quando ele mais precisou, quando um garoto começou a implicar com ele, aproveitando-se de que era muito maior que Luiz, e que Luiz jamais iria brigar, Luiz era muito calmo, até demais, porém seus amigos o protegeram mais de uma vez.
No ano seguinte, Luiz mudou de turno, a maioria dos seus amigos, conquistados depois de muito sofrimento, continuaram no mesmo turno, e ele se viu novamente, sem ninguém, sozinho, desprotegido e e abandonado. Mais uma vez, ele sofreu o preconceito por ser diferente dos demais garotos da turma, a maioria parrudos, fortes, altos e "pegadores", já Luiz, apesar de ter mudado um pouco de um ano para o outro, continuava sendo aquele garotinho minúsculo comparado com os demais. Mais uma vez, a facilidade de cativar as pessoas rendeu-lhe diversos amigos, porém desta vez, não houveram inimigos, Luiz não precisava ser protegido e ainda mais, aso poucos, ele notou-se amigo de todos na turma, notou-se incluindo nos grupos, nas conversas, parecia que deixava de ser um ninguém, e o interessante, o que marcou mesmo para ele, foi que a primeira pessoa a falar com Luiz, foi uma garota, linda, sorridente, alegre e que se chamava Andiara. Luiz não havia percebido, mas na primeira vez que a viu, ficou balançado, ele ainda não sabia, mas ela seria muito importante em sua vida, o seu primeiro amor.
A cada dia que passava, mais Luiz e Andiara ficavam próximos, conversavam, riam e brigavam, como brigavam, por tudo, por causa da rivalidade entre seus times, pois Luiz era Gremista e Andiara Colorada, por causa dos demais amigos, por ciúmes deles, e até mesmo por causa das horas, quando alguém perguntava a hora, eles respondiam de prontidão, mas quando os relógios não estavam iguais, eles perdiam tempo discutindo qual estava certo.
Quando Luiz não estava na escola, se via sentindo falta da Andiara, queria estar com ela, e um dia descobriu, percebeu que estava apaixonado por ela, e que queria estar sempre com ela, não mais como amigo, mas como namorado, porém quando percebeu isso já era tarde demais, e Andiara havia adquirido um carinho e uma amizade muito grande por Luiz, e não poderia gostar dele de outro modo.
Quando o ano chegava ao fim, começou o sofrimento de Luiz, poderia não ver mais Andiara, eles poderiam ficar em turmas separadas, eles poderiam não se falar mais, e por medo Luiz mando uma carta para ela, contando o que sentia, durante as férias foi a mesma coisa, vários recados via Orkut, porém todos tinham a mesma resposta, ela gostava de dele apenas como um amigo.
No ano seguinte os temores de Luiz não se concretizaram. Eles estudaram na mesma turma, junto com eles, a maioria da turma do ano anterior.
Esse foi o melhor ano da vida de Luiz. Nesta ano, Luiz percebeu que cada vez mais tinha amigos, não só na turma, mas fora dela também. Pessoas de toda a escola conheciam ele, ele era quase que popular, e aquele preconceito da qual ele tanto sofreu, não existia mais.
Infelizmente, nem mesmo todas essas mudanças fizeram com que o sentimento de Luiz por Andira e nem o dela por ele, mudasse, ao contrário, no começo do ano ele percebeu que ela parecia evitá-lo, não falava com ele, não o cumprimentava e as vezes parecia sair de perto quando ele chegava. Isso tudo mudou com o tempo, e alguns meses depois eles já estava conversando, brigando e rindo como antes.
Mas como tudo na vida acaba, esse ano maravilhoso também estava chegando ao fim, e desta vez, seria diferente, pois Luiz mudaria de escola, ele não mais veria Andiara e seus amigos e amigas.
A despedida foi muito triste para Luiz. Ele sentia um ar de finalidade, como se nunca mais fosse ver nenhum deles, embora para os outros a despedida tenha sido tão seca e fria, para el aquilo era diferente, aquilo era um adeus, e no último dia de aula, com um enorme peso no coração, ele viu Andiara e Débora, a melhor amiga deles, virarem a esquina, sem um abraço, sem um beijo apenas com um "boas férias".
Porém essa férias não afastaram ele de Andiara, ao contrário, os dois passavam horas no MSN conversando, rindo, chorando, desabafando e brigando. Por muitas vezes ele ouviu os desabafos dela quando brigava com o namorado. Com um pouco de alegria por saber que ela estaria quase livre, e muita, muita tristeza, por saber que apesar de tudo, ela o amava e estava muito triste com a situação. De certo modo, não sabe-se como, Luiz podia ouvir o choro dela, ver as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, sentir o coração dela batendo tristemente, tudo pela tela do MSN, talvez porque a conhecesse tão bem que conseguia sentir o que ela sentia, talvez por gostar tanto dela que houvesse uma ligação entre eles, ele não sabia.
O que ele mais queria era ter uma outra i]oportunidade de ver ela, e acreditou que o aniversário de 15 anos da Débora, seria essa oportunidade, porém, ela não apareceu, ela havia viajado com a família, e pensar que, apesar de estar na festa da Débora, aquele era o seu aniversário, a Débora havia nascido um dia depois dele e a festa teve de ser um dia antes porque seu aniversário caía num domingo. Luiz deixou de ter a sua própria festa, deixou de viajar, para estar ali naquela noite, e ela não estava lá. Apesar do mais importante para ele não estar, Luiz não deixou de aproveitar a festa com os poucos amigos que ali estavam, aproveitou ao máximo, mas ao final da festa, quando só havia ele Débora, Fernanda e o irmão da Débora no salão, Débora fez a pergunta que apertou seu coração, ela disse:
- Luiz, a Andiara me falou que tu tava afim dela, e até escreveu uma carta É verdade?
- É sim - foi o que ele respondeu, com o coração saindo pela boca
- Só por Deus Luiz!
- Não Débby, não foi por Deus, foi por amor a ela - e estas foram as últimas palavras sobre o assunto.
Agora, tudo isso vinha na mente de Luiz, os momentos felizes com Andiara, as discussões, as lágrimas, os risos, tudo fazia com que ele sentisse mais saudade e mais medo de não voltar a vê-la. Ele se entristecia pelo passado, e temia pelo futuro, mas sabia que jamais iria esquecê-la.

Capítulo 2 - O Click "Vou"


Luiz passou a maior parte das férias trancado no seu quarto, na frente do computador, tanto para falar com seus amigos quanto para jogar e navegar na internet.
Enquanto pensava em tudo o que lhe havia acontecido até ali, em todas as pessoas que conheceu em três anos no "Ploy", como é conhecida a E.E.E.M. Antônio Augusto Borges de Medeiros, em em todos os amigos que fez lá, ele automaticamente entrou no seu perfil do Orkut, e pensando bem, ele criou um perfil para ele, justo no seu primeiro ano lá, e as primeiras pessoas que ele adicionou, foram seus colegas, seus amigos, sua família do coração! Nesse tempo, o Orkut mudou muito, seus amigos mudaram muito, o mundo mudou muito e ele também, mudou muito, ele cresceu, amadureceu, não que fosse infantil quando entro lá, era um dos mais sérios e maduros alunos na sua turma do primeiro ano, ou melhor, a sexta série, mas desde então, ele aprendeu muitas coisas, se apaixonou, sorriu, chorou, fez amigos e inimigos e até fugiu da escola. Dentre as muitas mudanças no "novo Orkut", como ficou conhecido, estavam os aplicativos, joguinhos em que o usuário jogava, junto com seus amigos, e até, podia se relacionar com outras pessoas no mundo. Um deles era o "Vou, Não Vou", um aplicativo em que tudo o que usuário deveria fazer era ver uma foto de alguém, e dizer se ia ou não naquela pessoa, um aplicativo que no início ele achou superficial, sem nexo, pois como uma pessoa poderia dizer que "vai" noutra sem nem conhecê-la? Mas como era um aplicativo muito popular, e a maioria dos seus amigos o tinha, Luiz adicionou-o no seu perfil. No começo, Luiz passava um bom tempo olhando as fotos alheias e clicando em "vou" ou "não vou", mas depois de um tempo ele percebeu que aquilo não teria futuro para ele, afinal ele nunca foi bonito, sabia disso e isso não o incomodava, mas neste jogo, ou se é bonito, ou ninguém vai em você. Alguma vez ou outra acontecia de alguém ou por errar o botão, ou por ter bebido, como pensava Luiz, clicava no "vou", e para ele, apesar de as vezes desacreditar da sua própria beleza, era uma grande alegria.
E naquela tarde, em que ele estava navegando na internet, mas afogando-se em pensamentos, ele mais uma vez abriu o "Vou, Não Vou", e se surpreendeu ao ver havia recebido um "vou", e como de pras te foi ver quem o havia enviado. Ficou ainda mais surpreso quando viu o perfil de Ana Júlia. Ela era uma garota linda, com um carisma todo especial. Ele viu que ela tinha algumas fotos no aplicativo, olhou-as, eram fotos de um book, provavelmente dos 15 anos da garota. Normalmente, depois de ver isto ele iria retribuir o "vou" e esquecer o caso, mas por algum motivo, ele não fez isso, por algum motivo desconhecido até para ele, ele entrou no perfil do Orkut dela, e mandou um convite para iniciar uma amizade, algumas horas depois veio a resposta, ela aceitou!
Luiz ficou impressionado quando pôde ver as fotos que ela tinha no perfil, com as fotos do seu book, havia algumas em que ela exibia com orgulho a camisa do tricolor gaúcho, o Grêmio, time que por tantas vezes levou Luiz a discutir com Andiara. Ainda mais impressionado ficou quando viu em um álbum fotos de personagens de um desenho que ele também amava, Naruto, Luiz sofreu um certo preconceito por gostar de assistir esse desenho, a maioria das pessoas o achavam "idiota", mas Luiz o amava, e descobriu que não era o único.

Capítulo 3 - Mêses Intermináveis






Alguns meses se passara e em abril daquele ano, Luiz recebeu a notícia que esperava desde o ano anterior. Andiara iria fazer aniversário em Julho, e havia prometido para ele que lhe convidaria para a festa. Mesmo eles não estudando mais juntos, ela cumpriu sua promessa. Num dia qualquer, ao entrar no seu Orkut como sempre, Luiz viu que havia recebido um recado dela, e nele dizia mais ou menos isso:
"Olha, como a gente vai fazer para eu entregar o convite do meu aniver??"
Luiz ficou empolgado, pois veria ela mais uma vez, uma não, duas, pois a veria quando recebesse o convite e na festa.
Ficou marcado então de que ele iria na sua antiga escola, o Poly, para encontrar com ela no início da aula, pegar o convite e papear um pouco.
No dia combinado, Luiz acordou mais cedo que o normal, aliás, mal havia dormido, e foi para o Poly, ele sabia onde ela estaria se já estivesse na escola, mas quando chegou, ela não estava lá.
Luiz então ficou esperando num banco de pedra da escola, um banco largo, mas de pedra fria, onde ele passou vários momentos solitários na sua época ali, mas também passou vários momentos felizes, rindo e conversando com os colegas. Aos poucos as pessoas iam entrando na escola, ele ficava parado olhando, tentando achar rostos conhecidos, mas muitos ali eram novos, os conhecidos que chegavam, cumprimentavam ele, perguntavam o que fazia ali e depois de ouvir a resposta, iam para seus lugares, porque, por mais que as turmas fossem unidas, elas eram separadas em grupos. Os meninos ficavam perto do portão do estacionamento, por onde entravam os professores, eles é que sabiam se um professor havia chegado ou não e se teriam períodos livres, além de que alguns atrasados, faziam os temas ali, por não entenderem e pedirem ajuda, ou simplesmente por não terem tido tempo de fazê-los. Enquanto isso, as meninas, ficavam perto do portão principal, atrás da biblioteca, fazendo Luiz nunca soube o que.
Mas naquela manhã, o tempo demorava a passar,e Andiara não chagava nunca, e ele ainda tinha de ir para a aula, para chegar no segundo período.
Cada vez mais sua mochila parecia pesar, o banco parecia mais frio e desconfortável do que nunca, Luiz se perguntava se ela não víria, se ela fosse fazer ele perder aula e não aparecer, mas de repente, na frente da escola para um carro, um gol branco. Luiz sabia que aquele não era o carro dos pais de Andiara, o carro em que ela sempre chagava, mas por alguma razão ele não parava de olhar para aquele carro, e quando ele arrancou, Luiz pode ver, mais uma vez, os cabelos de Andiara voando ao vento, sua bolça pendurada a tiracolo e seu fichário nos braços. Ela estava ali, enfim.
Enquanto ela vinha entrando pelo portão da escola, Luiz fazia gestos, brincando com o atraso dela. Andiara sorriu e respondeu:
- É que eu tava na casa da minha irmã, meus pais viajaram e eu fui para lá!
- Eu não sabia que tua irmã morava sozinha, isso tu não tinha me dito!
Andiara então sentou-se no frio banco da qual Luiz havia acabado de levantar, abriu o fichário e de dentro dele retirou um envelope preto com letras prateadas onde estava escrito "Luiz Henrique".
- Esse é o teu!
Falando isso, Andiara deu um sorriso que fez Luiz sentir o quanto aquela espera valeu a pena.
Logo em seguida, Cátia, uma ex-colega dos dois, e uma grande amiga, entrou na escola, indo diretamente em direção a Andiara, sem reconhecer Luiz. Alguns instantes depois,reconheceu o garoto que falava com a amiga e cumprimentou-o:
- Oi Luiz! Quanto tempo, nossa nem te reconheci, mas o que tu ta fazendo aqui?
- Vim pegar o convide do aniver da Andy!
- E esse aqui é teu!
Andiara falou entregando o convite em que estava escrito "Cátia".
Por algum tempo, eles conversaram, sobre as férias, sobre as aulas, as matérias novas, a escola nova de Luiz e sobre diversos assuntos. Quando o sinal tocou, Luiz viu que já era hora de ir embora, mas não queria fazê-lo, estava ótimo ali, embora soubesse que elas não matariam aula para ficar conversando com ele. Então Luiz esperou até não poder mais, e no momento em que via o porteiro vir fechar o portão da escola, Luiz se despediu de Andiara e de Cátia e saiu rapidamente, já pensando em como seria o aniversário de Andiara.
Luiz foi para a aula e chegou a tempo para o segundo período, mas não conseguia pensar noutra coisa se não no encontro que acabara de ter com Andiara, e que teria dali a três meses, no aniversário dela.
O maior problema é que Luiz não podia comprar nenhum presente para ela, mas queria que o que ele desse fosse especial, então no mesmo dia ele começou a criação de um vídeo com fotos dela, e mensagens lindas que Luiz encontrou na internet, e que ele criou, montando assim, um DVD com três videoclipes, e montou também um cartão, utilizando várias fotos dela, imprimiu e escreveu a mensagem mais linda que poderia. Luiz mostrou o cartão para sua melhor amiga, Paolla, pois sabia que ela era bem diferente de Andiara, mas também era muito parecida com ela. Luiz sabia que ambas tinham uma personalidade quase igual e que se Paolla achasse o cartão bonito, Andiara também acharia.
Para Luiz, parecia que os dias não passavam, que o mês não acabava. Ele mal podia esperar até o aniversário da Andiara, mas o tempo não passava e ele não chegava nunca.
Todos os dias Luiz relia o cartão, assistia os vídeos, tudo para ter certeza de que estaria tudo perfeito para ela, mas ao mesmo tempo que sentia que fazia algo especial para Andy, ele sentia que aquilo tudo, era muito pouco, era muito simples e que ela talvez nem desse bola diante dos outros presentes. Mas era tudo o que Luiz poderia fazer.
As férias de inverno, começaram na mesma semana do aniversário. Luiz achou isso horrível, pois como poderia falar para Paolla o que aconteceu na festa se não iria poder vê-la?
Quando enfim chegou o dia, Luiz já tinha a roupa escolhida e arrumada a semanas, o tempo mais uma vez não passava, então para não ficar só pensando na festa e vendo o tempo não passar, ficou mais uma vez no computador, porém desta vez ele não navegava na internet, desta vez ele assistia novela, isso mesmo novela, a novela Rebelde, a qual Luiz adorava, mas não tivera a oportunidade de assistir quando passou na TV porque sua irmã insistia em assistir outro canal.
Duas horas antes da hora marcada para a festa, Luiz tomou banho e se vestiu, ficou pronto, mas ainda faltava muito. Ele prometeu para si mesmo que iria esperar ate meia hora antes da festa para chamar um mototáxi, ele lembrava de que quase havia se atrasado para o aniversário de Débora, chegando pouco antes da aniversariante, não queria repetir a gafe no aniversário da Andiara.
Quando chegou a hora, Luiz ligou para um mototáxi, mas não havia nenhum motorista disponível, ele ligou para outro e outro, e nada de uma moto. Luiz foi até o bar da sua avó, perguntar se ela conhecia alguma empresa de mototáxi para dar o número a ele, mas ela não tinha. Ainda para piorar começou a chover, logo Luiz não poderia ir de moto mesmo, mas quando estava começando a desanimar, sua avó lembrou de que tinha u amigo taxista, que poderia levar ele. Ela o chamou, e embora Luiz tenha chegado quase uma hora depois da hora marcada no convite, a aniversariante ainda não havia chagado, ou melhor, ela estava lá, mas do lado de fora, dentro de um carro, esperando até que chegasse a hora de entrar

Capítulo 4 - A Festa: O começo do Fim




Logo que Luiz entrou no salão onde se realizaria a festa, encontrou os pais de Andiara na porta, recebendo os convidados. Eles o cumprimentaram, ele então colocou o presente, junto dos outros e saiu a procura de alguém a quem ele conhecesse. Depois de dar alguns passos mais parra dentro e passar os olhos em todo o salão, Luiz voltou-se para trás, e ali, ao lado da porta, atrás dos pais de Andy estavam seus amigos, e parecia que haviam guardado um lugar para ele na mesa, pois ali haviam cinco pessoas, Karina, Cátia, Diego e mais duas a quem Luiz não conhecia. Ele sentou-se junto com eles, e ali ficou esperando, enquanto colocavam o papo em dia.
Alguns minutos depois, uma música começou a tocar, todos voltaram-se para a porta, e de lá surgiu uma menininha, de uns 7 anos mais ou menos, e atrás dela, ela. Como sempre, linda, sorridente, com um vestido rosa, duas longas luvas e uma coroa prateada, Andiara entrou e caminhou em direção aos seus pais. Beijou-os, e então iniciou-se a cerimônia dos 15 anos.
O pai de Andiara tirou as suas sapatilhas, e quando a irmãzinha trouxe os sapatos de salto, seu pois os calçou em Andiara, enquanto a garota se derramava em lágrimas de emoção, e levava Luiz a ter a mesma sensação. Luiz, de algum modo, por algum motivo, estava tão emocionado com tudo aquilo quanto Andiara, sentia-se feliz por ela, e quase derramou lágrimas como ela.
Após a cerimônia da troca de sapatilhas, veio o anel e a valsa. Ah, ela estava tão linda naquela valsa, Luiz queria tanto que fosse um dos sortudos a dançar com ela, mas foram só os familiares.
Depois da valsa, veio a parte mais emocionante da festa, Andiara leu uma mensagem, escrita por ela, com agradecimentos aos pais, amigos e familiares, por pouco o próprio Luiz não chora novamente, embora Andiara não tenha conseguido evitar um novo derramamento de lágrimas.
Mais tarde, a aniversariante estava tirando as fotos com os convidados. Ela tirou uma com todos os amigos presentes, bem, quase todos, pois por algum motivo, Luiz não conseguiu ir junto com o grupo tirar a foto, mas logo em seguida, ele foi sozinho, só ele e Andiara, a foto que ele tanto sonhou em tirar um dia, mas ele nunca viu a foto.
O resto da festa foi muito triste para ele. Luiz se divertiu bastante, mas era quase que obrigado a ver ela andar de um lado para o outro, e não lhe dar atenção pior, ele as vezes tinha a impressão que ela o evitava, quando ele falava com ela, ela ia falar com os outros, mas Luiz tinha de intender isso, pois haviam dezenas de pessoas ali, só por ela.
No dia seguinte, Luiz precisava falar com alguém. Precisava dizer o que sentia, mas Paolla havia viajado para sua cidade de origem, Perobal - PR, e Luiz não poderia falar com ela. Essas foram as duas piores semanas de sua vida. A saudade de Andiara, a vontade de estar com ela, a saudade de Paolla, a necessidade de falar com ela, a tristeza por não ter tido nenhuma chance com Andiara, a nova saudade dos colegas recentemente revistos, tudo fazia com que parecessem infinitas aquelas férias de inverno.
Luiz não aguentava mais sofrer, não podia mais continuar amando uma grande amiga, então decidiu que isso mudaria, de um jeito ou de outro, para o bem ou para o mal.
Aproximadamente um mês depois do aniversário de Andiara, Luiz rompeu o que tinha com ela. Mandou um e-mail onde dizia que não poderia mais gostar de uma amiga, então deixaria de ser amigo dela, se ela aceitasse, talvez eles tivessem uma chance. Mas isso não ocorreu.
Luiz não falou mais com Andiara, nem ouviu mais falar dela. Ele jamais a esqueceu, porém conseguiu esconder sua tristeza de si mesmo para não mais sofrer por ela.
Dias depois, Luiz lembrou-se da "nova amiga", que havia feito meses atrás. Novamente visitando o seu perfil, relembrou como ela era linda e não resistiu a mandar-lhe uma mensagem, elogiando-a e dizendo-lhe que adoraria conhecer-lhe melhor.

Capítulo 5 - Um Novo Começo


Alguns dias depois, Luiz entrou com de costume em seu Orkut, e ficou surpreso ao perceber que havia recebido um recado.
Quando leu o recado, percebeu que se tratava da resposta a um recado enviado a Ana, e nele dizia:
"Que legal q vc pensa assim, para mim tbm parece q vc é uma pessoa muito bacana, e eu tbm adoraria conhecer melhor, add meu MSN: **************@hotmail.com
a gente c fala!!
Bijussss!!"
Luiz então adicionou-a no seu MSN e os dois começaram a conversar:
- Oieee!!!
- Ooooiii!!
- Como vc tá!!
- Bem e vc??
- Melhor agora!!
:)
-Hahhahahah 8)
...
- Olha Luiz, vc é de Noya néh??
- So, pq??
- Minha vó tbm é daí, e meu pai nasceu aí!
- Uauuu
- Em q bairro vc mora??
- na Rondônia
- Q coisa, é o msm da minha vó!
8D
- Qual é o nome dela??
- é Augusta!
- Naum conhço!
x/
8D
- Hahahhahahahahha
- hahahah
E assim, depois de muitas conversas, eles acabaram se tornando grandes amigos, ou mais do que isso, mas eles não haviam percebido o que estava acontecendo.
Os dois passavam horas na frente do computador conversando. Luiz que já não saía muito de casa, agora ficava ainda mais tempo no computador, porém Ana, que adorava sair com as amigas, estava diferente. Ela não queria mais sair com as garotas, não ia mais ao Shopping, nem tomar sorvete e nem mesmo na praça ali perto. Quando suas amigas iam na sua casa, Ana as "apresentava" a Luiz e conversava com elas, mas não se desconectava, e continuava falando com Luiz.
Por diversas vezes, Luiz disse para ela que ela deveria sair um pouco, ele alegava que não tinha essa oportunidade pois não tinha nenhum amigo com quem pudesse sair, mas ela podia, e devia aproveitar.
De tanto suas amigas insistirem e, de tanto Luiz lhe dizer para ouvi-las, Ana aceitou sair com as garotas, para tomar um sorvete ali perto. Porém, Ana não parava de falar de Luiz e de suas conversas para as amigas.
- Ele é mesmo muito engraçado!
- É, quem ama sempre acha graça no que o outro faz!
- O que que tu quis dizer com isso?
- Ah vai Ana, tu entendeu.
- Não, não entendi, explica!
- Ela quis dizer que tu a apaixonada por esse guri!
- O quê? - Ana ficou boquiaberta com o que suas amigas acabavam de afirmar.
- Aih Ana, tu não quer mais sair, só quer ficar falando com ele.
- E quando finalmente sai, não para de falar nele.
- Vocês tão é locas, isso sim!
- Tá, sei, mas fala aí Ana, ele é bonito?
- Não!
- Pô Ana, um guri feio!
- Não ele não é feio! E eu não tô apaixonada por ele, e quer saber? Eu não devia nem ter vindo!
Falando isso, Ana levantou-se e voltou para casa. Chegando em casa, ela voou direto para o quarto, deitou-se em sua cama e começou a pensar. Pensava em Luiz, nas suas conversas, pensava no que as amigas acabaram de dizer, pensava no que sentia, quando falava com ele, e quando não falava.
Ana acabou descobrindo, que realmente havia se apaixonado por ele. Não sabia como, não sabia porque, só sabia que não parava de pensar nele, que quando não podia falar com ele, sentia sua falta e que pensava nele todas as noites quando deitava em sua cama.
Enquanto isso em Novo Hamburgo, Luiz também não conseguia parar de pensar em Ana, sentia sua falta, mas como não tinhas as amigas dela, ainda não sabia que também estava apaixonado.

Capítulo 6 - Viagem para Noya


Passaram-se vários meses Luiz continuava sem saber que estava apaixonado por Ana, e ela, não tinha coragem de contar a Luiz o que sentia, por isso, continuaram conversando, apenas como amigos.
Ana, porém, as vezes mandava "indiretas" para Luiz, para ver se ele conseguia perceber o que ela senta, mas Luiz era muito ingênuo e não compreendia.
- O Luiz, decupa a indiscrição mas...
vc tá namorando???
- Naum!
na verdade eu nunk namorei.
-Hum.. vc é do tipo q só fica néh..
- Naum, tbm naum, eu nunk fiqei nem namorei nenhuma guria!
- Então tu é BV???
- Sou! Algum problema??
- Naum, naum!!
mas vc gostaria de perder o BV???
- Claro, mas no momento certo!
- É, tá certo!
8)
- E vc Ana??? Tá namorando,...
ficando, pegando???
- Naum, tbm naum!
- Q desperdício!
uma menina tão linda...
solta por aí!
:x
- hahhahahahaha
brigada!!
- D nds!!
Enfim, chega o mês de dezembro, e com ele uma grande novidade.
Ana iria fazer aniversário no final de janeiro, junto com seu pai, e ele, nesse ano queria comemorar junto da sua mãe, o que já não fazia a algum tempo. O problema é que Ana não queria de jeito nenhum sair de casa no seu aniversário. Ela queria era comemorar com as amigas como sempre. No entanto, Ana lembrou que sua avó morava em Novo Hamburgo, não só isso, morava no mesmo bairro de Luiz, talvez até mesmo próximo a ele. Ela adoraria ver Luiz pela primeira vez, em carne e osso, mas também não queria deixar de passar o aniversário na pizzaria com as amigas, como já fazia à alguns anos.
Ana agora tinha um difícil decisão a tomar. Ela iria ir contra o pai e ficar em casa para ir com as amigas à pizzaria, ou iria viajar junto com ele para a casa de sua avó onde poderia encontrar com Luiz, ou não.
Ela precisava saber aonde Luiz morava, para saber se era perto da casa da sua avó, mas não queria explicar para ele o motivo ainda. Ela não queria que ele soubesse que ela estava em dúvida entre ele e as amigas.
- Luiz...
onde msm vc disse q mora??
- Em Noya!
8D
- Onde??
- na Rondônia!
- Perto do quê??
- Já ouviu falar do mercado Bawwer?? Ali perto!
- Naum, pior q naum
- e da escola Elvira Brandi Grin??
- essa já!
- É a algumas quadras dalí!
- Hum...
- Pq??
- Naum por nd, só pra saber c vc naum conhece minha vó msm...
- Q eu lembre naum!
- Pois éh!
mas ela mora aí perto...
bem perto dessa escola!
- Hum...
e qual é o nome da rua??
- é João Daniel ...
alguma coisa!
- Axo q sei!
- Éh! e é perto??
- Éh! :D
- Legal! 8D
Agora que Ana sabia que Luiz morava perto da casa de sua avó, ela conseguiu tomar uma decisão.
- Pai, eu vô com vocês na casa da vó no meu niver...
- Nosso aniversário Ana Júlia!
- Táh, nosso! Mas eu quero dar uma volta de tarde.
- E com quem? Eu e tua mãe não vamos sair.
- Não! eu tenho um amigo que mora ali perto, já falei com ele!
- Amigo? Que é esse amigo? Eu conheço, pelo menos?
- Na verdade não, mas ele é bem legal. Bem gente boa!
- Sei! tem certeza?
- Sim pai! Ele é meu amigo há um tempão, eu já conheço ele bem!
- Tá bom, mas vocês não vão ir longe né?
- Não pai, a gente só vai dar uma volta por ali!
- Então tá!
Logo Ana correu de volta ao computador, infelizmente, Luiz não estava mais online.
Na sua casa, Luiz estava indignado porque o computador havia reiniciado outra vez, e desta vez não conseguia iniciar o sistema. Quando finalmente conseguiu ligá-lo de volta, ao abrir o MSN encontrou uma mensagem off-line, dizendo "quando entra me chama!!!". Luiz chamou por Ana, e ela logo lhe disse:
- Vou pra aí em janeiro!
- Como?? pra cá??
- É!! pra minha vó...
no meu aniiver!
- Q legal! :D
- Vc vai fzr alguma coisa dia 30??
- de janeiro??
naum!
- É
q bom! então q dá uma volta cmigo??
tipo, apresenta o lugar...
tu conhece bem, néh??
- Claro!!
Vai ser muito tree,sair com tigo!
:DD
- Q bom! tá combinado então!
- Táh!
mas no seu aniver..
vc naum devia ficar com a tua família??
- É, mas eu vô janta com eles..
pra comemorar, mas d tarde...
to livre!
- Então táh!!
Até lá!
- Mas a gente pode continua c falando...
falta quase um mês!
- É!!
Ana mal podia esperar para que chegasse logo o dia. Luiz também, contava os dias as horas e os minutos, mas não sabia porque estava tão entusiasmado. Afinal, só iria dar uma volta, como se fosse pra escola, ou na venda.
Finalmente chegou o tão esperado dia.
Ana Júlia, acordou cedo, já havia preparado suas coisas, mas mal pôde dormir. Ela tomou o café com os pais, cuidando para que eles não percebessem sua euforia. Um pouco antes de saírem, as amigas de Ana vieram lhe dar os parabéns, ela contou-lhes o que havia acontecido, e o que iria acontecer. O pai de Ana, seu Armando, chamou-a e então ela teve que ir, ela queria ir.
- Mas quando voltar conta tudo em!!
- Tá, tá! Tchau!
- Tchau Ana, bom passeio!
Horas na estrada, mas valeram a pena. Ana e seus pais finalmente haviam chagado na casa da vó Augusta. Ana queria poder ver Luiz logo, mas precisava ficar ali algum tempo, até mesmo para agradar a avó. Mas a todo minuto, Ana olhava para o relógio, mal podia esperar para chagar logo a hora em que havia marcado de se encontrar com Luiz, na frente da "escolinha", a meia quadra dalí.

Capítulo 7 - O Primeiro Encontro



Enfim chegou o grande dia. Luiz, assim como Ana, esperou o mês todo pelo dia em que finalmente iria encontrar-se com ela, pessoalmente, cara a cara, em carne e osso.
Assim como Ana, Luiz mal conseguiu dormir na noite anterior, e se via deitado, sonhando acordado com o que iria acontecer. Pensou em um milhão de coisas, pensou no que diria, no que faria, pensou em como entregaria o presente que fez para ela, pois é, fez até um presente, um lindo medalhão, com o escudo do grêmio, time do coração de Ana porém, ao invés de estar escrino nele 1903, ano de fundação do Grêmio de Futebol Porto Alegrense, havia nele o ano de 1994, ano de nascimento dela, e ao invés de conter o nome do time, no centro do medalhão, sobre a faixa preta e em destaque, havia escrito Ana Júlia, e ainda por cima, na parte de baixo do mesmo havia "AJGM", as iniciais do nome da menina, tudo isso seria pendorado no pescoço dela, por um fino cordão prateado, este Luiz havia comprado claro, e embalado com uma pequena, frágil, mas linda caixinha de joias de cor preta onde se lia "Com muito carinho" escrito em letras prateadas.
Luiz, havia passado semanas trabalhando no presente de Ana, quando não estava conversando com ela, pegava os materiais e lá ia ele.
Primeiro, Luiz conseguiu algum ferro, depois, com ajuda de uma vela e uma chave de bico, derreteu-o em cima de uma pequena chapa, espalhou-o até tomar a forma de um círculo, com muito cuidado, pintou-o com uma tinta esmalte, e por fim, escreveu as palavras usando uma ferramenta de informática, um fino fio prateado chamado ferro de solda, a qual derretia lentamente e riscava as palavras desejadas no pequeno medalhão.
Depois de todo o esforço que teve para fazê-lo, mal podia esperar para entregá-lo, e queria saber logo a reação de Ana. Será que ela gostará? Será que não? E se ela não aparecer? E se todo o tralho for em vão? E se ela queria apenas passar um trote em Luiz dizendo que iria ir para Novo Hamburgo?
Pensando em tudo isso, Luiz passou grande parte da noite acordado. E quando finalmente viu o Sol, preocupou-se em com a sua cara, como poderia se apresentar a garota com cara de sono? Tentou tanto que dormiu um pouco, mas logo despertou novamente, não aguentava mais ficar ali deitado esperando.
Ele prometeu para si mesmo que não iria ir para o local marcado, antes de restarem cinco minutos para a hora marcada. Ele embromou o máximo que pôde, e quando ainda faltava uma hora para a hora marcada, resolveu ir tomar um banho. Saindo do banho, Luiz procurou caprichar no penteado, mas seu cabelo rebelde nunca o ajudou, e não seria diferente agora. Ele fez o máximo que pôde e até que ficou bom. A roupa, já havia sido escolhida e separada há algumas semanas, ele escolheu uma roupa que pudesse mostrar bem o seu estilo e o seu jeito de ser. Uma camisa social entreaberta, com um medalhão escrito o seu nome, uma calça jeans, semi-lisa, apenas com alguns detalhes nos fechos do bolso, e um tênis preto, este era o seu look. Claro, sem esquecer as pulseiras da banda Rebelde, sua banda favorita desde o começo dela. Muitas pessoas, deixaram de gostar de Rebelde pouco depois do fim da banda, mas Luiz não, mesmo já tendo ouvido muitas vezes para esquecê-los e deixar de usar aquelas pulseiras, Luiz acreditava que se ele realmente gostava da banda, não seria com o fim dela que ia deixar de gostar. Luiz repudiava as pessoas que amavam uma banda enquanto ela estava fazendo sucesso e esqueciam dela algum tempo depois, para ele, isso era um tipo de falsidade e falta de caráter, em não mostrar o que realmente gosta ou não.
Dez minutos antes da hora marcada para o encontro, Luiz já estava totalmente pronto. Dava "Graças a Deus" por sua irmã não estar por perto para querer saber aonde ele iria, e por sua mãe ter ido dormir após o almoço e não ter acordado ainda. Pouco antes dos cinco minutos,Luiz não aguentou e saio de casa. Ele desceu as escadas, e quando chegou ao pátio, viu seu cachorro parado ali. Ele sabia que se deixasse o Rex solto, ele iria segui-lo aonde quer que ele fosse, e isso acabaria estragando o seu "encontro". Então Luiz chamou Rex, voltou para casa e lá dentro, deu um pouco de comida para ele, como suborno. Enquanto Rex estava distraído com a comida, Luiz saiu e fechou a porta. " Daqui a pouco ele acaba acordando a minha mãe, e ela solta ele", pensou ele enquanto saía para a rua, virando a esquina rumo a "escolinha".
Luiz chegou ao local, parou em frente ao portão da escola e se encostou na barra que havia ali. Ele ficou ali, parado, olhando para os lados para ver se via Ana chegando, mas nada. Por vários minutos, que pareciam não chegar, Luiz ficou ali, esperando, e já começando a acreditar que ela não víria.
Enquanto isso, Ana só queria poder sair de uma vez. Ela havia visto, de dentro da casa de sua avó, Luiz virar a esquina bem ali na frente, ela via que ele estava parado na frente da escola dalí, mas parecia que Luiz não podia vê-la por causa do carro de seu pai, parado bem na sua frente.
Ana esperava que sua avó abrisse o portão, mas ela não estava conseguindo achar a chave certa no meio daquele molho enorme. Ela temia que Luiz acabasse cansando de esperar e se fosse, então ele acharia que ela deu um bolo nele e não iria mais querer falar com ela. Então, como ela iria dizer-lhe que estava apaixonada, e que queria estar com ele, ali?
Enfim, a avó de Ana, dona Augusta, conseguiu encontrar a chave certa, abriu o portão e disse:
- Bom passeio com o seu amigo!
Deu um sorriso cúmplice para Ana, ela o retribuiu e saiu quase correndo em direção a Luiz, que ao ver Ana atravessando a rua ficou tão feliz que não sabia o que fazer, se devia esperar ela chegar perto ou deveria caminhar ao encontro dela. E quando chegasse, deveria abraçá-la ou apenas dizer "oi"?
Quando Ana finalmente chegou até ele, parou, sorriu, olhou-o nos olhos e disse "oi!", Luiz retribuía o oi quando Ana o deu um abraço, que Luiz retribuiu com ternura. Nesse abraço, Luiz sentiu o perfume de Ana, a maciez e o calor da pele dela, sentiu-se muito bem ali, por um minuto, sentiu que sua vida valera a pena.
Após esse abraço, eles separaram seus corpos, e ficaram por alguns instantes em silêncio. Então Luiz disse aquilo quê Ana havia pensado:
- Nossa, tu não imagina o quanto eu esperei por isso!
- Ha, imagino!
Ambos deram uma risada alegre e então, Luiz meio sem jeito entregou para ano a pequena caixinha preta com letras prateadas, dizendo:
- Pra você, feliz aniversário! Tu merece!
- Hai Luiz, não precisava! Só de tá aqui com tigo, já é o maio presente que eu poderia ganhar esse ano!
Ana então leu o que havia escrito na caixinha, muito emocionada, abriu-a e viu, ali aquele lindo cordão com o brasão do grêmio, onde lia-se seu nome, o ano do seu nascimento e suas iniciais em letras prateadas e em relevo. Sem notar, ela deixou escorrer uma lágrima no canto dos olhos. Luiz notou, e passando a mão bem de leve, secou o rosto de Ana.
- Posso?
Luiz perguntou apontando para o medalhão. Ao ver o aceno positivo de Ana, Luiz retirou o medalhão da caixa, deu a volta em Ana, e com toda a delicadeza possível colocou-o em volta do pescoço dela, Ana, puxou o cabelo para um lado, enquanto Luiz fachava o fecho do medalhão atrás do pescoço dela.
Ao terminar, Luiz deu novamente a volta em Ana, quando quase sem perceber, Ana deu um beijo no seu rosto, dizendo baixinho "obrigada". Luiz respondeu, também baixinho, "de nada", então Ana perguntou-lhe:
- Que tal?
- Linda, que dizer, ainda mais do que tu já é!
- Brigada!
Os dois ficaram por mais alguns instantes se olhando, então Luiz cortou o silêncio dizendo
- Éhh, vamo dá uma volta?
- Ah, sim, claro!
Ambos saíram lado a lado, andando pela rua, sem rumo certo, conversando e rindo, a cada segundo mais apaixonados um pelo outro.

Capítulo 8 - O Primeiro Beijo


Luiz e Ana, caminhavam, lado a lado, conversando e rindo, por bastante tempo, até que iam passando por uma lancheria, conhecida como, o "Amarelo".
- Tá com sede? - Perguntou Luiz a Ana.
- Tô,sim, um pouco. - Respondeu Ana meio sem graça.
Eles foram até o balcão, Luiz pediu um refrigerante para os dois, mas Ana não pôde resistir ao ver, no balcão, um "doritos", seu salgadinho favorito, pediu um ao vendedor, e dono da lancheria.
- Pode deixar que eu pago! - disse Luiz tentando ser cavalheiro.
- A não Luiz! Tu já ta pagando o refri, eu pago o salgadinho!
- Mas Ana, é teu aniversário, e eu não acho legal deixar tu pagar as coisas. Eu pago!
Nesse instante, o vendedor os interrompeu, dizendo:
- Peraí! É aniversário dela?
Os dois responderam positivamente.
- Já que é aniversário da moça, o salgadinho fica por conta da casa!
E enquanto entregava o salgadinho, "Amarelo", com era conhecido, completou:
- E feliz aniversário!
Ana agradeceu bastante sem graça, então ela e o Luiz, sentaram-se por ali mesmo. Enquanto comiam doritos e bebiam guaraná, continuaram conversando:
- Então quer dizer que tu nunca namorou, né Luiz?
- É sim, nunca tive essa oportunidade.
- Não consigo entender o porquê. Tu é legal, divertido, bonito...
- Tá, obrigado pelos elogios, "mas se é pra mentí parêmo", tipo, bonito? Eu?
- É sim! Eu acho!
- Obrigado então, embora tu precise de óculos...
- Aih, que horror! Deve ser esse o teu problema! Tu te menospreza demais!
- Talvez.
- Bem, mas... tu queria namorar?
- Até gostaria, o problema é que ninguém quer namorar comigo..
- E, tipo... Tu namoraria comigo?
- Claro né! Que guri, em são consciência, não iria querer namorar contigo?
Luiz respondeu isso, sem entender a indireta, bem direta, que Ana havia acabado de mandar.
- Não é isso que eu quero dizer...
Neste instante, alguns amigos de Luiz, seus ex-colegas do Poly, chegaram ali.
- E aí Luiz? Quanto tempo!
- É, desde o aniver da Andy!
- E que é essa?
- Ah, é! Essa aqui é a Ana Júlia. Uma amiga que ta de passeio aqui...
Sem saber, Luiz fez exatamente o que não devia. falou para os amigos que Ana era "só" uma amiga. Ela acabou ficando tão magoada com isso que, repentinamente, levantou-se e saiu andando, de volta para a casa de sua avó.
Luiz não entendeu nada, e depois de alguns instantes, tudo o que conseguiu fazer foi, levantar-se e sair correndo atrás de Ana.
- Ana! Ana! Anaaa! Ana Júlia!!
Luiz corria gritando o nome dela, mas Ana não parava.
Finalmente, ele a alcançou, puxou-a pelo braço e perguntou:
- O que foi? Por que tu saiu daquele jeito?
- Tu não entende nada mesmo né Luiz? - Ana falava prestes a chorar.
Luiz podia ver as lágrimas, querendo escorrer dos olhos dela, seus olhos castanhos brilhavam como nunca. Ele continuava sem entender o motivo daquilo tudo. O que ele podia ter feito para ela ficar assim? Como ele poderia ter magoado tanto a Ana?
De repente, ela continuou:
- Eu gosto de ti Luiz...
- Eu também Ana, te adoro e ...
- Não é isso! Não é como amigo, eu goto mesmo de ti!
Luiz estava pasmo, e cada vez entendia menos. Será que ela estava mesmo dizendo que estava "afim" dele? Será que ele estava entendendo tudo errado? Luiz estava cada vez mais confuso.
- Luiz, eu gosto de ti como guri, eu gosto de ti como...
- Como?
- Namorado!
Nesse instante, as lágrimas que Ana tentava segurar, escorreram pelo seu rosto.
Luiz ficou ainda mais confuso. Não sabia o que fazer, só sabia que não queria mais ver ela chorar.
- Ana, é...eu...
- Olha Luiz, eu já tô afim de ti a algum tempo. Já mandei um monte de indiretas, esperando que tu entendesse e pedisse, pelo menos, pra ficar comigo. Mas tu não tá entendendo nada!
- Ana, desculpa! Eu fui, não, eu tô sendo um baita idiota! Como eu não entendi? Mas e agora? Eu não sei o que fazer, aliás, acho que sei, mas tenho medo de estar errado.
Nesse momento Luiz lembrou do que uma grande amiga sua dizia: " Eu prefiro me arrepender de ter feito alguma coisa , do que de não ter feito. " E assim, com a ajuda da Paolla, Luiz decidiu o que fazer.
- Ana Júlia. Seria possível tu ignorar todas as burradas que eu fiz, e aceitar namorar comigo?
Ana, que estava aos prantos, não conseguiu responder, aliás, nem precisou, suas atitudes falaram por ela.
Ao ouvir o pedido de Luiz, Ana deu-lhe um abraço, mas não foi qualquer abraço, não um abraço como o de antes. Foi um abraço, cheio de carinho, amor, alegria. Mais uma vez, Luiz pôde sentir a macies e o calor da pele clara de Ana. Sentiu também o perfume dela, um perfume que ele não esqueceria tão cedo. Porém dessa vez, Luiz pôde sentir o rosto dela umedecido por causa das lágrimas derramadas. Logo, ele sentiu o rosto de Ana se afastando do seu, e depois, se reaproximando. A cada instante, a boca de Ana ficava mais próxima da dele, Luiz sentia o seu coração bater mais forte e rápido. Sua respiração ofegava, lhe faltava o ar. Luiz não sabia o que fazer, nunca havia sentido aquilo tudo antes. De repente, os lábios de Ana tocaram os dele, seu coração disparou de vez, e quase instintivamente, Luiz retribuiu-lhe o beijo. Sem saber o que fazer, porém mesmo assim, ele sabia exatamente o que fazer. Ele só sabia que aquilo era muito bom.
Depois de um longo, quente e molhado beijo, Luiz sabia que ainda havia algo muito importante a ser feito.
- Vem! - Falou enquanto puxava Ana pelo braço e a levava de volta ao Amarelo. Lá, Luiz procurou seus amigos, e quando os encontrou, disse-lhes:
- E aí! é... foi um engano, deixa eu recomeçar. Essa aqui é a Ana Júlia, minha namorada!
Ana deu-lhe mais um beijo apaixonado, e os dois saíram dalí. Lado a lado, conversando e rindo, mas de mãos dadas, não mais como amigos, e sim, como namorados.

Capítulo 9 - A Festa 2: O Começo


Luiz e Ana, passaram o resto daquela tarde na mais absoluta felicidade, porém o dia já ia chagando ao fim, Ana deveria voltar para casa da avó, e no dia seguinte, ela iria voltar para Carlos Barbosa.
Luiz deixou Ana na porta da casa de dona Augusta, após darem uma olhada em volta, e confirmarem que estavam sozinhos, deram um longo e apaixonado, último beijo.
Ana entrou em casa e encontrou seus pais e sua avó na cozinha, eles já iam começar a jantar. Com uma cara de desaprovamento, seu pai lhe falou:
- Muito bonito não é senhorita Ana Júlia?
- Ixii, ele viu o beijo - foi o que pensou Ana, mas seu pai prosseguiu.
- Você viajou de Carlos Barbosa até aqui, e nem se quer passou o dia do seu aniversário com a sua avó! Isto não está certo mocinha, se você veio aqui para vê-la, deveria ter ficado aqui com ela, e não perambulando por aí!
- Táh, desculpa, é que a gente nem viu o tempo passar...
- A gente quem Ana? - Perguntou Amanda, mãe dela.
- Eu e o Luiz, o meu... amigo, que mora aqui perto.
- Hum, sei...
- Agora já chaga, vamos parar de discussão e jantar! - Resolveu a dona Augusta, uma senhora muito sábia.
Após a janta, Ana foi para o quarto, e deixou seus pais e sua avó conversando.
- Não está certo mãe! A gente veio aqui pra ficar com a senhora nesse dia especial, e ela some assim!
- Calma Armando, ela é adolescente, é comum nessa idade, não querer ficar com a família. Você mesmo, tinha vergonha de seu pai.
- Mas o papai era cheio de manias, é diferente!
- Esquece isso meu filho! Ao menos nos almoçamos e jantamos juntos! Há muito tempo não fazíamos isso.
- É mesmo mãe, eu me descuidei e deixei que o tempo passasse sem aparecer mais.
Mas ainda acho que a Ana deveria ter passado o dia conosco!
Durante essa discussão, que foi bem longe, por sinal, eles acabaram tendo uma brilhante ideia, ideia essa que Ana descobriria na manhã seguinte.
- Bom dia vó!
- Bom dia Ana! Dormiu bem?
- Muitoo! Oi pai!
- Ana, a gente tem que conversar.
- Mas já pai?
- Já! Temos uma novidade pra você!
- E o que seria?
- Tu vai ter uma festa de aniversário!
- A não! Sério? Eu preciso disso mesmo? - Ficou óbvio como Ana não gostou nem um pouco da novidade. Há anos ela não fazia festinha de aniversário, e gostava assim, era só uma pizza com as amigas, e deu.
- Isso mesmo mocinha! Foi muito feio você passar o dia do seu aniversário com um desconhecido, ao invés da família, e então eu, sua mãe e sua avó decidimos que semana que vêm,nós vamos voltar aqui, e vamos ter uma festa de aniversário. Todos os nossos parentes daqui vão vim.
- Todos? E quem são todos? A vó e mais quem?
- Você tem vários tios aqui em Novo Hamburgo, mas acho que você não deve lembrar deles.
- Eu tenho certeza!
- Está decidido! Semana que vem, festa em família, aqui, e nada de sair por aí!
- Então eu posso convidar o Luiz pra vim?
- Nem pensar Ana! O que um desconhecido vai fazer aqui?
- Primeiro, ele não é desconhecido, eu conheço muito bem ele. Segundo, se ele vim, eu apresento ele pra vocês, e ele deixa de ser desconhecido.
- Vai Armando, deixa! Não vai fazer mal nenhum! - Ajudou Amanda.
- Tudo bem, ele pode vir! Mas você não sai!
- Tudo bem!
Ana correu para o telefone, ligou para Luiz e o convidou para a festa.
- Não sei não, Ana. Pelo que tu me disse, é uma festa em família, e o que eu vô fazer aí?
- Deixa de ser bobo Luiz! Eu preciso da tua companhia, e depois, tu tá quase entrando pra família!
- Ah é! E teus pais sabem disso?
- Eu vou contar pra eles na festa!
- O quê? E tu que que eu esteja aí? Tu é loca??
- Tá com medo é??
- Não! É brincadeirinha!
Esta conversa foi bem longe, e logo após ela, Luiz já começou a se preparar para a festa. A festa na qual ele iria oficializar o namoro com Ana. Mal podia esperar para chegar o momento.
Aquela foi uma das semanas mais longas de sua vida, mas enfim, o grande dia chegou.
Naquele domingo, Luiz acordou cedo. Bem, para um domingo foi cedo. Depois de enrolar um pouco, enquanto esperava o tempo passar, ele tomou o seu banho, e se vestiu. Com uma calça jeans, semi-lisa, uma camisa social entreaberta e sem mangas, que ele havia cortado. Luiz também colocou suas pulseiras da RBD, e um colar, com o seu nome, na qual atrás ele havia escrito "Ana Júlia". Ele procurava mostrar qual era o seu estilo. Um tanto largado, mas sério, social. Quando enfim chegou a hora, ele calçou seus tênis, pegou sua carteira e suas chaves despediu-se de sua mãe dizendo:
- Tchau, tô indo no niver da minha namorada! - Sem dar a menor chance para que ela pudesse fazer qualquer pegunta.
Luiz andou algumas quadras, até chegar a casa de dona Augusta. A casa estava cheia, como ele nunca havia visto, e olha que el já havia passado por ali diversas vezes. Haviam muitas pessoas, pessoas estas que Luiz desconhecia completamente, mas no meio de todo esse desconhecido, Luiz reconheceu algo. Luiz viu, ali parado, pouco mais adiante um carro, na verdade um meriva, prateado, a qual Luiz reconheceu a placa, e sabia mui9to bem de quem era.
Ele entrou pelo portão, cumprimentou todos por quem passava e com m nervosismo quase incontrolável, foi em direção a porta. Assim que entrou, sentiu todos os olhares se voltarem para si, mas depois de alguns instantes, notou que aquilo havia sido apenas uma impressão.
Logo ele ouviu alguém mencionar seu nome, mas aquela não era a voz de Ana, não era um voz feminina. Ele virou-se para procurar o dono da voz e viu um homem vindo em sua direção.
- Olá! Você é o Luiz né?
- Ah sim, sou eu!
- Meu nome é Armando, eu sou o pai da Ana! Ela falou muito de você!
- É, do senhor também! Mas cadê ela?
- Tá lá na cozinha, com a mãe e a prima, mas senta eu aviso ela que tu ta aqui.
- Obrigado!
Luiz sentou-se num lugar no sofá, e pal primeira vez, tentou se enturmar. Conseguiu, logo estava conversando com os parentes de Ana.
Pouco tempo depois, ele viu Ana vindo em sua direção. Ela estava ainda mais linda do que de costume. Com uma lé guie preta, e uma blusinha de alsinhas branca, com uns babados perto do final. Usava também uma pulseira dourada e o colar com seu nome que Luiz havia lhe dado na semana anterior. Sua maquiagem era leve, apenas um batom cor-de-rosa com brilho e um blush meio rosado.
Luiz levantou-se e deu-lhe um abraço, tomando cuidado para ser discreto, enquanto perguntava-lhe ao seu ouvido:-
- Tu já falou com teus pais?
- Ainda não, tava te esperando.
- Eba! Uhu! - Luiz falou com um tom irônico.
Logo que se afastou de Ana, viu quem vinha vindo atrás. A pessoa de que era aquele carro parado na porta, a pessoa que Luiz esperava não ver novamente tão cedo.
- Oi Luiz!
- Oi... Andiara! - Luiz falou meio sem ânimo. Ele realmente não esperava vê-la ali, e esperava não vê-la nos próximos três anos, pelo menos.
- Vocês se conhecem? - Perguntou-lhe, Ana.
- Sim, a gente é amigo - Respondeu Andira.
- A gente "era" amigo! - disse Luiz - Licença! - Luiz falou, e saiu pela porta indo até o portão e parando lá, para pensar, para refletir.
Ana não entendeu nada, o que poderia ter havido para Luiz, de repente ficar frio assim? Ela olhou para Andiara com um olhar interrogativo. Andiara entendeu e começou a explicar:
- É o seguinte: Eu e o Luiz éramos colegas, a gente era muito amigo, mas de repente, ele me disse que gostava de mim, que queria ficar comigo, mas eu disse pra ele que só gostava dele como amigo, e deu pra gente ficar de bem assim, até pouco tempo atrás, quando ele me enviou um e-mail dizendo que não poderia mais ser meu amigo e que queria me esquecer, pediu também pra mim esquecer ele. Mas eu não sei o que eu posso ter feito pra ele ficar desse jeito comigo, a gente era muito amigo.
Olha, ele é carinhoso, companheiro, leal, nunca me deu motivo nenhum pra ficar de mal com ele, mas agora eu não entendi porque ele tá assim.
- Eu vou falar com ele, daí eu vejo se descubro porque ele tá assim, tá?
- Tá bom, acho melhor eu ficar aqui.
- É!
Ana então foi até o portão falar com Luiz que lhe explicou, com lágrimas nos olhos, que não tinha nada contra Andiara, só não podia fingir que nunca sentiu nada por ela.
- E tu ainda gosta dela?
- Não sei Ana. Tipo, eu gosto de ti, mas não consigo esquecer o que senti por ela. Mas de uma coisa tu pode ter certeza: é com tigo que eu estou, e é com tigo que eu quero ficar.
Depois destas palavras, Luiz deu mais um abraço, e também um beijo apaixonado em Ana. Ele não estava nem aí, para os pais dela, se eles vissem, o que diriam, pra ele só o que importava era estar ali, com ela.